INTRODUÇÃO

Segundo o apóstolo Paulo em sua carta aos Efésios, a Igreja é o corpo de Cristo na terra, como tal, necessita trabalhar harmoniosamente para atingir seu objetivo principal: a pregação do Evangelho.

Conscientes dessa necessidade, nosso trabalho é realizado fundamentalmente com base em princípios bíblicos, e como expressão destes, temos alguns  Artigos de Fé , que expressam nossas convicções doutrinárias.

Da mesma forma, temos Estatutos que nos permitem ser reconhecidos como corpo organizado perante as autoridades, e Regimento Interno que especifica a forma bíblica pela qual devemos realizar nosso trabalho, também temos Normas Disciplinares, que nos permitem corrigir situações anômalas de de natureza administrativa. , ética, moral, familiar e doutrinária.

Este manual contém essas quatro diretrizes básicas para nossas ações, para que toda a Igreja conheça os fundamentos sobre os quais nos movemos, de forma que estejamos harmonizados para desenvolver um trabalho pleno e consciente.

A Secretaria Geral da  IGREJA DO NOME DE JESUS, no cumprimento de suas funções, coloca em suas mãos este manual, esperando que seja útil. Estas Regras de Fé foram atualizadas pelo Consistório de Anciãos no  mês de fevereiro de 2020.

  

ARTIGOS DE FÉ

Preâmbulo

Acreditamos que a Bíblia é inspirada por Deus, a inerrante Palavra de Deus. “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir na justiça”  (2 Timóteo 3:16).

A Bíblia é a única autoridade escrita dada por Deus que o homem possui, portanto, toda a doutrina, fé, esperança e instrução para a Igreja devem ser baseadas na Bíblia sendo coerentes a ela. Deve ser estudada por todos os homens em toda a parte do mundo, e só pode ser perfeitamente compreendida por aqueles que são ungidos pelo Espírito Santo (Lucas 24:45). “E temos mui firme a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos como a uma luz que alumia em lugar escuro, até que o dia esclareça, e a estrela da alva apareça em vossos corações. Sabendo primeiramente isto: Que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação, porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo”. (II Pedro 1:19-21)

A NATUREZA DE DEUS

Cremos no único Deus sempre vivo e eterno, infinito em seu poder, santo por natureza, atributos e propósito; possuidor de divindade absoluta e indivisível.

As Escrituras fazem mais do que tentar provar a existência de Deus, pois afirmam, tomam por certo e declaram que o conhecimento de Deus é universal (Romanos 1:19, 21, 28, 32 e 2:15). Deus é invisível, imaterial, incorpóreo, e, portanto, livre de toda e qualquer limitação. “Deus é Espírito...” (João 4:24).

O primeiro de todos os mandamentos é: “Ouvi Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor” (Marcos 12: 29 e Deut. 6: 4). “Um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos e por todos e em todos” (Efésios 4: 6).

EMANUEL: DEUS CONOSCO

“Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo”. (Hebreus 1:1-2)

O único Deus verdadeiro, o Jeová do Velho Testamento assumiu a forma de homem, e como o filho do homem nasceu da virgem Maria.

O Deus invisível prometeu dar-se a conhecer e o cumpre: “Pelo véu, isto é pela sua carne” (Hebreus 10:20). “... Pelo que entrando no mundo, diz: Sacrifício e oferta não quiseste, mas corpo me preparastes; holocausto e oblações pelo pecado não te agradaram. Então disse: Eis aqui venho (no princípio do livro está escrito de mim), para fazer, ó Deus, a tua vontade.” (Hebreus 10:5-7).

Cremos que o Senhor Jesus é Deus: João 20:28; Romanos 9:5; I João 5:20. Cremos que o Senhor Jesus Cristo é um verdadeiro Deus e um verdadeiro homem, segundo as afirmações de Lucas 18:18, João 5:27, I Coríntios 15:47, e I Timóteo 3:16.

Este único Deus verdadeiro se manifestou no Velho Testamento de muitas maneiras; no Filho enquanto andou entre os homens; como Espírito Santo depois da Ascensão.

Cremos que “... Nele (Jesus) habita corporalmente toda plenitude da Divindade” (Col. 2:9). “Porque aprouve a Deus que Nele residisse toda plenitude” (Col. 1: 19). Portanto Jesus em sua humanidade era homem e em sua Divindade era, e é Deus. Sua carne foi o cordeiro, ou o sacrifício de Deus. Ele é o único mediador entre Deus e

o homem. “Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem.” (I Tim. 2: 5).

Jesus, por parte do seu Pai, era Divino, por parte da sua mãe, humano, assim era conhecido como filho de Deus, mas também como filho do homem, ou o Deus-Homem. “Porque todas as coisas sujeitou debaixo dos pés. E, quando diz que todas as coisas lhe estão sujeitas, certamente, exclui aquele que tudo lhe subordinou. Quando, porém, todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então, o próprio Filho também se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos.” (I Cor. 15: 27 e 28).

“Eu sou o Alfa e o Ômega, diz o Senhor Deus, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-Poderoso.” (Apocalipse 1: 8).

O NOME

Deus usou nomes diferentes como “Deus Eloim”, “Deus Todo-Poderoso”, “El Shaddai”, “Jeová Senhor”, o nome de redenção do Velho Testamento.

“...porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre os seus ombros; e o seu nome será Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz” (Isaías 9: 6). Esta profecia se cumpriu quando o Filho de Deus recebeu o seu nome: “Ela dará a luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pedados deles” (Mateus 1:21,23). “E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos”. (Atos 4: 12).

A CRIAÇÃO DO HOMEM

No principio Deus criou o homem inocente, puro e santo. “Este é o livro da genealogia de Adão. No dia em que Deus criou o homem, à semelhança de Deus o fez; homem e mulher os criou, e os abençoou, e lhes chamou pelo nome de Adão, no dia em que foram criados.” (Gen. 5: 1-2). “Então, respondeu ele: Não tendes lido que o Criador, desde o princípio, os fez homem e mulher,...?” (Mateus 19: 4).

A QUEDA DO HOMEM

Através do pecado da desobediência, Adão e Eva, os primeiros representantes da raça humana, perderam o seu estado de santidade e Deus os baniu do Éden. (Gênesis

1:27). Assim, pela desobediência de um homem, o pecado entrou no mundo. (Romanos 5:12-19; 3:23). “Tudo o que aprendi se resume nisto: Deus nos fez simples e direitos, mas nós complicamos tudo.” (NTLH Eclesiastes 7:29). “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus.” (Romanos 3:23).

A GRAÇA DE DEUS E A SALVAÇÃO DO HOMEM

“Porquanto a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens ensinando-nos que, renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos neste presente século sóbria, e justa, e piedosamente.” (Tito 2: 11-12). “Porque a Lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo.” (João 1: 17).

A FÉ

A Fé é a certeza de que vamos receber as coisas que esperamos de Deus, a convicção de fatos que não vemos.

“Ora, a Fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e as provas das coisas que se não veem” (Hebreus 11: 1). A Fé é o resultado de ouvir e receber o evangelho da graça de Deus. “Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo; por intermédio de quem obtivemos igualmente acesso, pela fé, a esta graça na qual estamos firmes; e gloriamo-nos na esperança da glória de Deus. Porque, se nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte do seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida. Se, pela ofensa de um e por meio de um só, reinou a morte, muito mais os que recebem a abundância da graça e o dom da justiça reinarão em vida por meio de um só, a saber, Jesus Cristo.” (Rom. 5: 2, 10, 17).

“Por intermédio de quem viemos a receber graça e apostolado por amor do seu Nome, para a obediência por fé, entre todos os gentios” (Rom. 1: 5).

O ARREPENDIMENTO E A CONVERSÃO

A palavra “Arrependimento” deriva de varias palavras gregas que significam mudança de ponto de vista e propósito, mudança de coração, mudança de ideias, mudança de vida, transformação, etc. “Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno, os seus pensamentos e se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar.” (Isaías 55: 7; Luc. 13: 1-5).

O perdão e a remissão dos pecados são obtidos através de genuíno arrependimento, de confessar e abandonar os pecados. João Batista pregou o arrependimento, Jesus o proclamou, e os Apóstolos deram ênfase, tanto a judeus quanto a gentios. (Atos 2: 38; 11: 8; 17: 30).

O Senhor Jesus disse: “... se, porém, não vos arrependerdes, todos igualmente perecereis.” (Lucas 13: 3).

O BATISMO EM ÁGUA

A palavra batizar quer dizer sepultar ou submergir. “De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte...” (Rom. 6: 4-5). O batismo, de acordo com as Escrituras, é feito por imersão, e só devem passar por ele aqueles que estão verdadeiramente arrependidos, havendo deixado os seus pecados e renegado o seu amor ao mundo. O batismo deve ser realizado ou administrado por um Ministro devidamente autorizado “do Evangelho”, em obediência à Palavra de Deus, e em NOME DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, de acordo com os Atos 2:38; 8:16; 10:48; 19:5; assim obedecendo e cumprindo Mateus 28:19.

Em Lucas 24:47 lemos: “E que em seu Nome se pregasse arrependimento para remissão de pecados, a todas as nações começando de Jerusalém”.

O BATISMO DO ESPÍRITO SANTO

Os termos “batizar com o Espírito Santo e fogo”, “Cheio do Espírito Santo”, e o “Dom do Espírito Santo”, são sinônimos na Bíblia. João Batista, em Mateus 3:11, disse: “...Ele vos batizará com Espírito Santo e fogo”. Jesus, em Atos 1: 5 diz: “...Sereis batizados com Espírito Santo, não muito depois destes dias”.

Em Atos 2:4 lemos: “Todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem”. A Palavra de Deus ensina que todos aqueles que recebem o dom, a plenitude ou o batismo do Espírito Santo recebem o mesmo sinal físico, audiovisual, de falar em outras línguas, segundo o registro de Atos 2:4; 10:46; e pelo explicado em I Cor. 12 e 14. O Senhor por intermédio do profeta Joel disse: “...Derramarei o meu Espírito sobre toda a carne...” (Joel 2: 28). Pedro ao explicar esta experiência celestial disse: “... Tendo (Jesus) recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vedes e ouvis.” (Atos 2: 33). “... Para vós outros é a promessa, para vossos filhos, e para todos os que ainda estão longe, isto é, para quantos o Senhor nosso Deus chamar” (Atos 2:39).

O NOVO NASCIMENTO

O novo nascimento é o resultado de ter sido gerado pela Palavra e ter nascido dela através do arrependimento, a conversão e a obediência ao Evangelho: “Jesus respondeu, e disse-lhe: na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus” (João 3:3). “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (II Cor. 5:17). “Segundo a sua vontade, ele nos gerou pela Palavra da Verdade, para que fôssemos como primícias das suas criaturas” (Tiago 1:18). “Purificando as vossas almas na obediência à verdade, para o amor fraternal não fingido; amai-vos ardentemente uns aos outros com um coração puro; sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela Palavra de Deus, viva, e que permanece para sempre” (I Pedro 1: 22-23). “Qualquer que é nascido de Deus não comete pecado; por que a sua semente permanece nele; e não pode pecar, porque é nascido de Deus” (I João 3:9). “Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo, a nossa Fé.” (I João 5:4).

O novo nascimento não é uma reforma da velha natureza, mas um ato criativo do Espírito santo. (João 3: 5).

OS DONS ESPIRITUAIS

Dentre as insondáveis riquezas espirituais que Deus coloca à disposição da sua Igreja na terra, destaca-se os Dons do Espírito Santo, apresentados pelo Apóstolo Paulo como agentes de poder e de vitória para habilitarem a cada membro da Igreja para proveito, edificação e cumprimento da propagação do Evangelho no mundo. “Para o bem de todos, Deus dá a cada um alguma prova da presença do Espírito Santo. Para uma pessoa o Espírito dá a mensagem de sabedoria e para outra o mesmo Espírito dá a mensagem de conhecimento. Para uma pessoa o mesmo Espírito dá fé e para outra dá o poder de curar. Uma pessoa recebe do Espírito poder para fazer milagres, e outra recebe o dom de anunciar a mensagem de Deus. Ainda outra pessoa recebe a capacidade para saber a diferença entre os dons que vêm do Espírito e os que não vêm dele. Para uma pessoa o Espírito dá a capacidade de falar em línguas estranhas e para outra ele dá a capacidade de interpretar o que essas línguas querem dizer. Porém é um só e o mesmo Espírito quem faz tudo isso. Ele dá um dom diferente para cada pessoa, conforme ele quer.” (NTLH 1Cor. 12:7-11). “Porém quem anuncia a mensagem de Deus fala para as pessoas, ajudando-as e dando-lhes coragem e consolo. Quem fala em línguas estranhas ajuda somente a si mesmo, mas quem anuncia a mensagem de Deus ajuda a igreja toda.” (NTLH 1Cor. 14:3-4).

A SANTIDADE

A vida santa deve ser a característica de cada Filho do Senhor e devemos viver de acordo com o padrão e exemplo dados na Palavra de Deus. “Porquanto a Graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens, ensinando-nos para que, renegando à impiedade e as paixões mundanas, vivamos no presente século, sensata, justa e piedosamente” (Tito 2: 11-12).

“Mas, como é santo aquele que vos chamou sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver; porquanto escrito está: sede santos, porque eu sou santo. E, se invocais por Pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo a obra de cada um, andai em temor durante o tempo da vossa peregrinação; sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que por tradição recebestes dos vossos pais mas com o precioso Sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado.” (I Pedro 1: 15-19).

“E é o que alguns tem sido, mas haveis sido lavados, mas haveis sido santificados, mas haveis sido justificados em Nome do Senhor Jesus e pelo Espírito do nosso Deus.” (I Cor. 6: 11).

“Segui a Paz com todos e a Santificação sem a qual ninguém verá o Senhor.” (Hebreus 13: 14).

O primeiro acordo que o Senhor (Jeová) fez com os filhos de Israel depois que saíram do Egito foi um acordo de cura. O Senhor disse: “Se ouvires atento à voz do Senhor teu Deus e fizeres o que é reto diante dos seus olhos e deres ouvido aos seus mandamentos, e guardares todos os seus estatutos, nenhuma enfermidade virá sobre ti, das que enviei sobre os egípcios; pois eu sou o Senhor que te sara”. (Êxodo 15:26).

Algumas traduções dizem: “Porque Eu sou Jeová, teu médico”. Sendo Ele o nosso médico, torna para nós o de maior capacidade no mundo inteiro. Nosso Senhor Jesus Cristo andou pela Galiléia pregando o Evangelho do Reino e curando todas as enfermidades entre o povo. (Mateus 4:23-24).

“Jesus Cristo é o mesmo ontem, e hoje e eternamente”. (Hebreus 13:8). O sofrimento vicário do Senhor Jesus Cristo pagou pela cura dos nossos corpos da mesma forma que pagou pela salvação das nossas almas, pois: “... Pelos seus ferimentos fomos sarados.” (Isaías 53: 5). No Evangelho de Mateus 8: 17 diz: “Ele mesmo tomou as nossas enfermidades e carregou com as nossas doenças.” (leia também I Pedro 2: 24).

O Senhor Jesus Cristo disse que aqueles que verdadeiramente crerem: “... Porão as mãos sobre os enfermos e os curarão”. Também Tiago escreveu para toda a Igreja: “Está algum entre vós doente? Chame os presbíteros da Igreja e estes façam oração sobre ele, ungindo-o com óleo em Nome do Senhor e a oração de fé salvará o enfermo e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados ser-lhe-ão perdoados. Confessai, pois os vossos pecados uns aos outros, e orai uns pelos outros, para serdes curados, Muito pode, pôr sua eficácia a súplica do Justo.” (Tiago 5: 14-16).

A IGREJA

A Igreja é o corpo de Cristo composta dos chamados pelo evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, incorporados a ela pela obediência à verdade. “Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.” (Mateus 16: 18).

Seus ensinamentos e doutrinas estão contidos na Palavra de Deus. “E sujeitou todas as coisas a seus pés, e sobre todas as coisas o constituiu como cabeça da Igreja, que é o seu corpo a plenitude daquele que cumpre tudo em todos.” (Efésios 1: 22-23). “Há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados numa só esperança da vossa vocação”. (Efésios 4: 4). “E Ele é a cabeça do corpo, da Igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos para que em tudo tenha a preeminência”. (Col. 1: 18).

A CEIA DO SENHOR

Na noite em que o Nosso Senhor foi traído, Ele participou da Páscoa com seus discípulos, e depois instituiu a Ceia: “E tomando o pão, tendo dado graças o partiu e lhes deu, dizendo: Isto é o meu corpo oferecido por vós; fazei isto em memória de mim. Semelhantemente, depois de cear, tomou o cálice dizendo: este é o cálice da nova aliança no meu sangue derramado em favor de vós.” (Lucas 22: 19-20).

O apóstolo Paulo instruiu a Igreja na observância da Ceia do Senhor em I Coríntios 11: 23-24 “... Portanto, qualquer que comer este pão, ou beber o cálice do Senhor indignamente, será culpado do corpo e do sangue do Senhor, examine-se pois o homem a si mesmo, e assim coma deste pão e beba deste cálice. Porque o que come e bebe indignamente, come e bebe para sua própria condenação, não discernindo o corpo do Senhor. Por causa disto há entre vós muitos fracos e doentes, e muitos que dormem. Porque, se nós nos julgássemos a nós mesmos, não seriamos julgados. Mas, quando somos julgados, somos repreendidos pelo Senhor, para não sermos condenados com o mundo.”

Assim foi instituído o uso do pão e vinho, dos quais se participa literalmente, como emblemas do seu corpo quebrado e do seu sangue derramado. Há também um significado espiritual e uma benção ao participar da Ceia do Senhor a qual é a memória da sua morte e é a confissão de que todos os que participamos dela somos um corpo.

O REINO DE DEUS

A. É o governo que Ele exerce pelo seu Espírito nos cristãos. “...Porque eis que o reino de Deus está entre vós.” (Lucas 17: 21). “Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo.” (Rom. 14: 17).

B. O Estabelecimento de Jesus Cristo, Filho de Davi no trono de Israel e o milênio será a manifestação gloriosa do Reino de Jesus Cristo sobre toda a terra. “Não se fará mal nem dano algum em todo o meu santo monte, porque a terra se encherá do conhecimento do Senhor, como as águas cobrem o mar.” (Isaías 11: 9; Habacuque 2:14). “E envie Ele a Jesus Cristo, que já dantes foi pregado, o qual convém que o céu contenha até os tempos da restauração de tudo, dos quais Deus falou pela boca de todos os seus santos profetas, desde o princípio.” (Atos 3: 20-21).

C. Os céus novos e a terra nova são a terceira e última etapa do Reino de Deus. “Porque, como os céus novos, e a terra nova, que hei de fazer, estarão diante da minha face, diz o Senhor, assim há de estar a vossa posteridade e o vosso nome.” (Isaías 66: 22). “Mas nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra, em que habita a justiça.” (II Pedro 3: 13). “E vi um novo céu, e uma nova terra; porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram e o mar já não existe.” (Apocalipse 21: 1).

A RESSURREIÇÃO

A Ressurreição é a esperança do cristianismo. “Porque eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra. E depois de consumida a minha pele ainda em minha carne verei a Deus. Vê-lo-ei por mim mesmo, e os meus olhos e não outros, o verão; e por isso o meu coração se consome dentro de mim.” (Jó 19:25-27) “Quanto a mim contemplarei a tua face na justiça; satisfar-me-ei da tua semelhança quando acordar” (Salmo 17:15). “Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá.” (João 11:25). “E manifestada, agora, pelo aparecimento de nosso Salvador Cristo Jesus, o qual não só destruiu a morte, como trouxe à luz a vida e a imortalidade, mediante o evangelho.” (II Tim. 1:10).

A RESSURREIÇÃO DE JESUS CRISTO

A ressurreição de Jesus Cristo marca a esperança do cristianismo. “Davi sabia o que Deus ia fazer e por isso falou a respeito da ressurreição do Messias. Davi disse: “Ele não foi abandonado no mundo dos mortos, nem o seu corpo apodreceu na sepultura." (Atos 2:31. Veja também Atos 4:2; I Cor. 15:1-20).

A RESSURREIÇÃO DOS JUSTOS

A Ressurreição do justo é promessa de Deus através dos patriarcas, profetas, do Senhor e dos apóstolos como a culminação da carreira cristã. “E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para vida eterna, e outros para a vergonha e desprezo eterno”. (Daniel 12:2). “Mas os outros mortos não reviveram até que os mil anos se acabaram. Esta é a primeira ressurreição. Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição sobre estes não tem poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com ele mil anos.” (Apoc. 20:5,6).

A RESSURREIÇÃO DOS INJUSTOS

Deus fará ressurreição dos injustos, para trazê-Ios a juízo perante o trono branco. “porquanto estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça, por meio de um varão que destinou e acreditou diante de todos, ressuscitando-o dentre os mortos.” (Atos 17:31).

“Não vos maravilheis disto, porque vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão.” (João 5:28)

“Vi um grande trono branco e aquele que nele se assenta, de cuja presença fugiram a terra e o céu, e não se achou lugar para eles. E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo.” (Apocalipse 20:11, l5).

O ARREBATAMENTO

Cremos que se aproxima o dia em que o nosso Senhor aparecerá quando então, os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro, depois nós os que ficarmos vivos seremos arrebatados para encontrarmos com o nosso Senhor nos ares. "Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes com respeito aos que dormem, para não vos entristecerdes como os demais, que não têm esperança. Pois, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus, mediante Jesus, trará, em sua companhia, os que dormem. Ora, ainda vos declaramos, por palavra do Senhor, isto: nós, os vivos, os que ficarmos até à vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que

dormem. Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor.”. (I Tes. 4:13-17). “Eis que vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas transformados seremos todos, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque é necessário que este corpo corruptível se revista da incorruptibilidade, e que o corpo mortal se revista da imortalidade.” (I Cor. 15:51-54): "Mas a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará o nosso corpo abatido para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também assim todas as coisas. "(Filipenses 3:20.21).

O arrebatamento da Igreja ocorrera antes da Grande Tribulação. “Vai, pois, povo meu, entra nos teus quartos e fecha as tuas portas sobre ti; esconde-te só por um momento, até que passe a ira. Pois eis que o Senhor sai do seu lugar, para castigar a iniqüidade dos moradores da terra; a terra descobrirá o sangue que embebeu e já não encobrirá aqueles que foram mortos.” (Isaías 26:20-21). “Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira.” (Romanos 5:9). “E esperar dos céus a seu Filho, a quem ressuscitou dos mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira futura.” (I Tessalonicenses 1:10). “Porque guardaste a palavra da minha perseverança, também eu te guardarei da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para experimentar os que habitam sobre a terra.” (Apocalipse 3:10).

A GRANDE TRIBULAÇÃO

Após o arrebatamento da Igreja, seguir-se-á aqui na terra um período de terrível tribulação. É a ira de Deus contra este mundo pecador e nesse tempo Deus se voltará para levantar a Israel. “Nesse tempo, se levantará Miguel, o grande príncipe, o defensor dos filhos do teu povo, e haverá tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo; mas, naquele tempo, será salvo o teu povo, todo aquele que for achado inscrito no livro.” (Daniel 12:1). “porque nesse tempo haverá grande tribulação, como desde o princípio do mundo até agora não tem havido e nem haverá jamais. Não tivessem aqueles dias sido abreviados, ninguém seria salvo; mas, por causa dos escolhidos, tais dias serão abreviados.” (Mateus 24:21-22). “E a vós outros, que sois atribulados, alívio juntamente conosco, quando do céu se manifestar o Senhor Jesus com os anjos do seu poder, em chama de fogo, tomando vingança contra os que não conhecem a Deus e contra os que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus. Estes sofrerão penalidade de eterna destruição, banidos da face do Senhor e da glória do seu poder.” (II Tess. 1:7-9).

“E destes profetizou também Enoque, o sétimo depois de Adão, dizendo: Eis que é vindo o Senhor com milhares de seus santos, para fazer juízo contra todos e condenar dentre eles todos os ímpios, por todas as suas obras de impiedade que impiamente cometeram e por todas as duras palavras que ímpios pecadores disseram contra Ele.” (Judas 14-15).

Cremos que a Igreja não passará pela grande tribulação, pois a Bíblia ensina e exorta que devemos esperar ao Senhor Jesus dos céus, e não a grande tribulação. (João 14:3; I Tessalonicenses 1:10; 4:13-18; II Tessalonicenses 2:6 e 7).

A SEGUNDA VINDA DE CRISTO

O Senhor Jesus Cristo mesmo claramente explicou que voltaria outra vez pessoalmente como partiu, e foi pregado e ensinado na Igreja primitiva pelos Apóstolos.

“Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com Poder e grande Glória” (Mateus 24:30); “E, estando eles com os olhos fitos no céu, enquanto Jesus subia, eis que dois varões vestidos de branco se puseram ao lado deles e lhes disseram: Varões galileus, por que estais olhando para as alturas? Esse Jesus que dentre vós foi assunto ao céu virá do modo como o vistes subir.” (Atos 1.10-11). “E então será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca, e aniquilará pelo esplendor da sua vinda" (ll Tess 2:8). “Olhem! Ele vem com as nuvens! Todos o verão, até mesmo os que o atravessaram com a lança. Todos os povos do mundo chorarão por causa dele. Certamente será assim. Amém!.” (Apocalipse 1:7).

O MILÊNIO

O milênio é o período da restauração de todas as coisas de que falaram os Profetas e os Apóstolos. “Palavra que, em visão, veio a Isaías, filho de Amoz, a respeito de Judá e Jerusalém. Nos últimos dias, acontecerá que o monte da Casa do Senhor será estabelecido no cimo dos montes e se elevará sobre os outeiros, e para ele afluirão todos os povos. Irão muitas nações e dirão: Vinde, e subamos ao monte do Senhor e à casa do Deus de Jacó, para que nos ensine os seus caminhos, e andemos pelas suas veredas; porque de Sião sairá a lei, e a palavra do Senhor, de Jerusalém. Ele julgará entre os povos e corrigirá muitas nações; estas converterão as suas espadas em relhas de arados e suas lanças, em podadeiras; uma nação não levantará a espada contra outra nação, nem aprenderão mais a guerra.” (ls 2:1-4; Veja também: Isaías 11:10; Atos 3:20-22 e Romanos 8:19-22).

Compreendemos que as Escrituras ensinam a restauração de todas as coisas, porém, não achamos, onde se fale que o diabo, seus anjos e todos os pecadores tenham parte desta restauração. “E o diabo, que os enganava foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde está a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre.” (Apocalipse 20:10).

O JUÍZO FINAL

No juízo final comparecerão todos os homens que morreram sem Cristo e os que estejam sobre a terra naquele tempo. Este juízo será feito ao final do milênio que também se conhece com o título de Juízo do Trono Branco. A Igreja não será julgada senão que ela mesma intervirá no juízo que Deus tem preparado. “Não sabeis vós que os santos hão de julgar o mundo? Ora, se o mundo deve ser julgado por vós, sois por ventura indignos de julgar as coisas mínimas? Não sabeis vós que havemos de Julgar os anjos? Quanto mais as coisas pertencentes a esta vida?” (I Cor 6:2-3). “...no dia em que Deus, por meio de Cristo Jesus, julgar os segredos dos homens, de conformidade com o meu evangelho.” (Romanos 2:16).

O CORPO MINISTERIAL

O ministério é um chamado de Deus, e o Espírito Santo dará a cada Ministro faculdades de servir à Igreja com os diferentes dons, com o fim de edificar o corpo de Cristo. “E ele mesmo deu uns para Apóstolos, e a outros para Profetas, e a outros para Evangelistas, e a outros para Pastores e Doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo.” (Efésios 4:11.12; veja também Romanos 12:6-8; I Cor. 12:5-11). Ainda que o chamado ao ministério seja de origem divina, a Palavra de Deus contém muitos ensinamentos sobre os requisitos que devem ser preenchidos pelo candidato a servir no ministério e que os anciãos da Igreja determinarão este chamado (I Timóteo 3:10), ou seja que, o candidato ao ministério primeiro deve ser provado, e depois, se passar a prova, que sirva à Igreja. (I Timóteo 4:14; 5: 17).

O CASAMENTO

O casamento é um estado santo instituído desde o principio por Deus e deve ser respeitado por todos. (Gêneses 2:21-24; Mateus 19:1-5 e Hebreus 13:4).

Cremos que o casamento é uma união que deve permanecer enquanto ambos os cônjuges viverem. Ao morrer um deles, o outro ficará livre para se casar com quem quiser e não peca, com tanto que seja no Senhor. (Romanos 7:1-3; I Cor. 7:39).

Os contraentes deverão apresentar ao Pastor e à Igreja o contrato de casamento já celebrado perante as autoridades Civis.

O PLANO FINANCEIRO DE DEUS

Cremos que o dízimo é o plano financeiro de Deus para o sustento do seu trabalho desde os dias de Abraão. O dízimo foi introduzido pela fé no tempo de Abraão; a Lei de Moisés confirmou-o e Israel sempre o praticou quando estava bem com Deus; Jesus endossou esta prática (Mateus 23:23); e o Apostolo Paulo ensinou que separássemos uma quantia de acordo com o que Deus nos concedesse. Não roubemos de Deus a sua porção, os dízimos e as ofertas. (Hebreus 7:2-10; Malaquias 3:10).

AS SOCIEDADES SECRETAS

De acordo com a Palavra de Deus, cremos firmemente e sustentamos que o povo de Deus não deve se relacionar com sociedades secretas ou mesmo com qualquer sociedade, organização ou grupo onde haja comunhão com descrentes sob juramento. (Tiago 4:4; II Coríntios 6:14-18).

Vós, portanto, amados, sabendo isto de antemão, guardai-vos de que, pelo engano dos homens abomináveis, sejais juntamente arrebatados e descaiais da vossa firmeza; antes, crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A ele seja dada a glória, assim agora como no dia da eternidade. Amém!